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HISTÓRIA DE ANDRADAS

Os registros históricos oficiais de Andradas começam em 1792, com a iniciativa de dois fazendeiros de Baependi. Naquele ano, segundo os dados analisados, Felipe Mendes e Antônio Rabelo de Carvalho atravessaram o rio das Antas, cruzaram a Cachoeira Grande (hoje Cachoeirinha) do córrego do Tamanduá e se estabeleceram às margens do córrego do Cipó.

Com o gado que trouxeram, iniciaram suas fazendas no local, que chamaram de Samambaia. Com o passar do tempo, novos moradores foram se instalando nas redondezas, a economia da época girava em torno da vida familiar, caracterizada por "casa, paiol e senzala", que constituíam um sistema de subsistência praticamente auto-suficiente. As construções eram de pau-a-pique. A roda de tear e fiar garantia o tecido para as roupas, enquanto a natureza generosa e as terras férteis proviam as necessidades de alimentos e produtos para o escambo com outras localidades.

Em 1850, 1852, 1853 e 1881, sucessivas doações de terrenos, ampliaram a área do povoado. Assim, foram construídas ruas e o cemitério, localizado onde hoje se encontra a Rodoviária. Em 1860, Samambaia foi elevada à categoria de Distrito de Paz e passou a se chamar São Sebastião de Jaguary.

HISTÓRIA DE ANDRADAS

Em 1893 os primeiros imigrantes italianos começaram a chegar na região, sendo um divisor de águas na história de Andradas. Com os italianos, chegaram também nova cultura e novos hábitos. Isso durou cerca de duas décadas, nas quais ocorreu um importante fenômeno de aculturação. O jeito italiano de cuidar da casa, da criação e das lavouras, bem como uma mentalidade de diversificar as atividades e a produção foram se tornando costumes. Logo os imigrantes reuniriam as condições ideais para fabricarem o vinho.

As cantinas mais antigas foram criadas por Mansueto Leonardi, Francisco Bertoli, Maximiliano Trevisan e Francisco Basso. Foi quando Samambaia passou a se chamar Caracol, nome que faz alusão à Serra do Caracol. Em 1928, o nome da cidade mudou: Caracol passou a se chamar Andradas, em homenagem ao então governador de Minas, Antônio Carlos Ribeiro de Andrada.

Alguns anos mais tarde, em 1954, a produção do vinho já movimentava a economia local, e Andradas era a maior produtora nacional da bebida. Foi então que nasceu a tradicional Festa do Vinho, inaugurada pelo o Sr Juscelino Kubitschek, governador do estado na época. Com o passar dos anos, a cidade expandiu sua cadeia produtiva. Pecuária, café, vinicultura, banana, rosas, indústria cerâmica, confecções, fábricas de doce, biscoito e bolacha configuram o atual perfil econômico de Andradas. Seu processo de formação histórica, conformou um perfil sociológico diferenciado dos municípios vizinhos, que influi e aparece em diversos indicadores de desenvolvimento econômico e de qualidade de vida.

Hoje, além do enoturismo, Andradas também se tornou referência em esportes de aventura e culinária.

de Andradas - Es.
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